Tópicos quentes da FameEX | Tribunal Federal rejeita tarifas de Trump, Casa Branca entra com recurso
2025-05-29 09:32:27O ex-presidente Donald Trump recorreu formalmente de uma decisão de um tribunal federal que anulou suas controversas tarifas do "Dia da Libertação", dando início a um impasse jurídico sobre a extensão dos poderes de emergência presidenciais. As tarifas, parte da estratégia comercial mais ampla de Trump, que prioriza os Estados Unidos, foram impostas sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), uma lei historicamente usada para sancionar adversários estrangeiros, não para impor tarifas. O Tribunal de Comércio Internacional dos EUA decidiu em 28 de maio que Trump extrapolou sua autoridade, afirmando que somente o Congresso tem o poder constitucional de regulamentar tarifas.
A Casa Branca não perdeu tempo e interpôs recurso junto ao Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito Federal. Autoridades rapidamente condenaram a decisão do tribunal, com o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, afirmando: "Não cabe a juízes não eleitos decidir como lidar adequadamente com uma emergência nacional". O vice-chefe de gabinete, Stephen Miller, intensificou a retórica, chamando a decisão de "golpe judicial" em uma publicação nas redes sociais. Essas declarações refletem a firme convicção do governo de que os tribunais não devem interferir na discrição presidencial durante emergências nacionais.
Trump divulgou inicialmente as tarifas em 2 de abril, argumentando que o déficit comercial dos Estados Unidos constituía uma "ameaça incomum e extraordinária" que justificava uma ação emergencial. A política incluía uma tarifa básica de 10% sobre a maioria das importações e tarifas "recíprocas" adicionais, variando de 11% a 50%, sobre produtos de cerca de 60 países. Trump enquadrou a medida como necessária para reequilibrar o comércio global e proteger a indústria americana.
A decisão judicial ocorreu após ações judiciais movidas por pequenas empresas e uma coalizão de estados, liderada pelo Oregon. Uma das autoras, a importadora de vinhos V.O.S. Selections, alegou que o déficit comercial não atendia aos critérios de emergência da IEEPA. As ações também argumentaram que as tarifas burlavam a autoridade constitucional do Congresso, violando a separação de poderes.
Economistas e líderes empresariais alertaram que as tarifas elevariam os preços e alimentariam a inflação. O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, destacou os riscos inflacionários, enquanto importadores — especialmente aqueles que compram da China — enfrentavam aumentos repentinos de custos. As tarifas repercutiram nos mercados financeiros, impactando ações, criptomoedas e commodities. Analistas jurídicos afirmam que o recurso pode, em última instância, chegar à Suprema Corte, dadas as importantes implicações constitucionais do caso.
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